A CACHORRA
Hydrolicus s.p.p, raphiodon vulpinus da famÃlia dos cynodontidaes
cachorra gigante do rio Xingu
A cachorra, também chamada de payara na Venezuela e na Colômbia, é o predador preeminente. Com os seus enormes dentes parecidos aos do seu primo o " peixe tigre" africano, ela quase relega a piranha, outro parente, também membro da "fraternidade do dente afiado", para a categoria dos ruminantes... A sua boca rasgada até a altura do olho que pode abrir-se em ângulo direito, é caracterizada por dois caninos sobre-dimensionados que erigem-se da mandÃbula inferior e se enquadram exactamente em duas cavidades correspondentes do maxilar superior. As outras dezenas de dentes menores, são afiados como alfinetes. E óbvio que nenhum peixinho não pode escapar-se de uma tal boca dura como concreto, onde é difÃcil fazer penetrar um anzol mais afiado que seja. A morfologia de nosso animal lembra a dos salmonideos. A cachorra poderia ser definida como uma espécie de truta " steelhead" ( truta cabeça de aço) com mandÃbulas de grande fera. Ela pode exceder 30 libras. A cachorra fica atrás das rochas, vigiando as correntezas incluÃdo aquelas com uma turbulência e uma violência extrema. Na verdade, um streamer lançado no meio desta agua furiosa, seja com a ajuda de uma linha de alta densidade, seria instantaneamente varrida para baixo, depois de ter miseravelmente arrastado a superfÃcie sem trabalhar. Apesar disso, a cachorra, do seu esconderijo, todos sentidos em alerta, não tolerara a mÃnima intrusão de aparência comestÃvel e viva no seu território. Tem que ter assistido este inacreditável ataque relâmpago no meio de uma inimaginável turbulência, para entender que estamos perante um predador de excepção.
A cachorra se encontra em praticamente todos os afluentes dos rios Amazônas e Orenoco, e na bacia do rio Essequibo na Guiana, principalmente nos rápidos, em baixo e acima das quedas de agua, e de modo geral em todos lugares onde os rios passam para zonas montanhosas.
cachorra do rio Araguaia
O material:
A vara:
De potencia 9/10, rápida, de ação de ponta.
A carretilha:
Do tipo baby-tarpão/permit com um bom freio a disco e um bom comprimento de backing, pois a cachorra é um duro brigador que salta frequentemente e foge muito rapidamente rumo as estruturas rochosas
A linha:
flutuante com ponta afundante cuja densidade depende do nÃvel, da velocidade da agua e da profundidade do lugar. E não esqueça de utilizar um tippet de aço.
A técnica:
Duas maneiras de proceder, segundo as circunstâncias.
Técnica " downstream":
Método muito parecido à pesca do salmão com mosca. Arremesse a linha através do rio levemente em baixo de você. Em seguida, deixe a mosca derivar em arco de circulo, animando-a com a ponta da vara, insistindo nos pontos quentes como inÃcio e fins de bacias ou quaisquer outros pontos em cima e em baixo dos obstáculos.
Técnica " upstream":
Com uma linha flutuante ou intermediate. E uma prospeção sistemática " upstream" de todas as correntezas, insistindo nos pontos quentes, obstáculos, rochas, estruturas de madeira afogadas, etc. A deriva da mosca deve ser um pouco mais veloz do que a corrente e deve ser rigorosamente controlada. Pondere levemente as moscas ( clouser com olhos de chumbo, streamer " conehead", etc.). Guarde o contacto permanente com o streamer, pronto para reagir instantaneamente. A cachorra surgida as vezes de longe ataca de repente, com a velocidade de um relâmpago. Se trata de uma pesca rica em emoção visual.
cachorra fisgada com um streamer de anzóis duplos
As moscas:
Todas as grandes moscas , até as vezes os poppers são bem aceitadas pela cachorra. Se você atar as suas próprias moscas, utilize largamente as matérias brilhantes sintéticas como o flashabou ou o crystal flash de cor pérola. Moscas com anzóis duplos são uma boa opção por causa da dureza da boca da cachorra.
cachorra facão ( raphiodon vulpinus) outra especie interessante de cachorra, apesar de um tamanho menor.